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Mauro Mendes defende preocupação do agro com meio ambiente: “não é só porque europeu está pedindo”
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O governador Mauro Mendes (DEM) voltou a defender a soberania brasileira na proteção da Floresta Amazônica e garantiu que o agronegócio de Mato Grosso já vem mantendo práticas sustentáveis, independente da pressão que líderes internacionais têm imposto ao Brasil nos últimos dias. Na última semana, o Governo da Finlândia, que detém a Presidência Rotativa da União Europeia, pediu que o bloco econômico avalie a possibilidade de banir a carne bovina brasileira, em razão do avanço das queimadas na Amazônia.
“O agronegócio brasileiro talvez seja hoje o grande setor, ou talvez o único, que seja competitivo a nível mundial. Então ele é extremamente importante para nós, para economia brasileira e, obviamente, temos que fazer isso dentro de regras internacionais. Como é um comércio internacional, nós estamos sujeitos a tudo que foi acordado nos últimos anos quando o meio ambiente passou a ser um dos grandes temas, face ao aquecimento global”, sustentou o governador, e, entrevista à Rádio CBN de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (26).
“Não adianta querer crescer nossa produção se não fizermos isso em estrita consonância com essas regras, com aquilo que deseja o mundo como um todo, e nós brasileiros também desejamos. A preservação não é só porque A, B ou C, o americano e os europeus estão pedindo. Aqui nós brasileiros também temos nossa consciência ambiental e acima de tudo queremos preservar essas relações comerciais tão importantes”, acrescentou Mauro Mendes.
Na semana passada, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, admitiu que o Governo está preocupado com possíveis embargos ao agronegócio brasileiro em decorrência da crise ambiental na Amazônia.
Um Gabinete de Crise foi criado, via decreto, pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para lidar com a questão. A medida, no entanto, só foi adotada depois de uma série de declarações polêmicas do chefe do Planalto que aumentaram a tensão entre o Brasil e lideranças mundiais. O assunto foi tratado como prioridade este final de semana durante encontro da cúpula do G7.
Mato Grosso lidera o ranking de queimadas na região da Amazônia, com mais 14 mil focos de calor acumulados até este momento, neste ano, segundo levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em todo o país, o Inpe registrou, entre janeiro e o último dia 19 de agosto, um aumento de 83% das queimadas em relação ao mesmo período de 2018.
“O agronegócio no meu Estado, tenho a absoluta convicção, tem compreensão da importância que tem a sustentabilidade, de crescer a produção em cima de tecnologia, de produtividade, e não desmatando qualquer área, principalmente da região da Amazônia. A lei é muito clara e estabelece penalizações, multas pesadas quando você constata que o crime foi cometido de maneira proposital ou até não intencional. Estamos neste momento focados no combate ao problema com nossas equipes. Quando for possível detectar e responsabilizar, nós iremos fazer isso na forma da lei”, pontuou o governador.